É um dos tratamentos utilizados para tirar alguns sintomas de certas doenças mentais, tais como a ansiedade, reduzir o estresse, tratar traumas psicológicos quando sua causa é pouco relevante, tratar medos (fobias) - como medo do escuro -, auxiliar o tratamento de alívio de dores crônicas - como na artrite -, na dor provocada por tumores, etc.

A hipnose também é muito utilizada no tratamento de doenças psicossomáticas (por exemplo, úlceras de fundo nervoso), sendo um dos métodos que obtém resultados mais breves e eficientes.Para o Dr. Bernik, uma grande vantagem desta terapia é que, ao contrário do que a ficção muitas vezes retrata, ela não tem poder para alterar os valores éticos e morais do paciente. Para ele, é um dos tratamentos mais sérios em Psiquiatria, e o seu código de ética internacional é um dos mais rigorosos da Medicina.

Hipnose na Psiquiatria Entidades como Associação Médica Britânica, Associação Médica Americana, Associação Médica Canadense e Associação Americana de Psiquiatria reconheceram a força da hipnose como modo de diagnóstico e tratamento de problemas específicos em Psiquiatria. Assim, pesquisadores e serviços universitários organizaram-se no estudo mais profundo de seus fenômenos e na utilidade a ser dada às suas técnicas peculiares de diagnóstico e de terapêutica. Fundou-se uma sociedade internacional, que edita até hoje uma revista de reconhecido padrão científico visando à difusão de conhecimentos. Nos diferentes países, surgiram entidades nacionais, filiando-se à Sociedade Internacional.

Para o estudioso da hipnose, a cada dia e a cada descoberta, "a hipnose é um mundo novo que se abre, no sentido de somar novos elementos à neurociência, da pesquisa ao diagnóstico e ao tratamento". No entanto, ainda assim não ganhou a total credibilidade dos médicos, uma vez que é pouco disseminado o embasamento neurocientífico da hipnose.
Desde seu surgimento, a hipnose sempre esteve vinculada à busca da cura e é neste sentido que a ciência médica atual pesquisa não só a extensão que se pode obter com o seu emprego, como também as respostas de como e porqué o cérebro processa o estado hipnótico.

Atualmente, o termo hipnose abrange qualquer procedimento que venha causar, por meio de sugestões, mudanças no estado físico e mental, podendo produzir alterações na percepção, nas sensações, no comportamento, nos sentimentos, nos pensamento e na memória.A hipnose utiliza a técnica de indução do transe, que é um estado de relaxamento semi-consciente, mas com manutenção do contato sensorial do paciente com o ambiente.

O transe é induzido de modo gradual e por etapas, através da fadiga sensorial, que geralmente é provocada pelo terapeuta usando a voz, de forma calma, monótona, rítmica e persistente. Quando o transe se instala, a sugestibilidade do paciente é aumentada. A hipnose leva então à várias alterações da percepção sensorial, das funções intelectuais superiores, exacerbação da memória (hiperamnésia), da atenção e das funções motoras. "Estabelece-se uma alteração de estado da consciência, algo que simula o sono. No entanto, o electroencefalograma(EEG) do paciente sob hipnose é de vigília, e não de sono".